3 de maio de 2024
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                            Na Edição do Rock in Rio Humunorama 2022, que acontece no espaço Learning Village de 28 a 31 na Vila Madalena em São Paulo.

Agatha Arêas – Vice-Presidente de Learning Experience do Rock in Rio, inicia este grande Evento que englobará quatro dias de incríveis e renomadas apresentações, explanando sobre a nomenclatura “Humanorama”, dizendo que “Orama”, vem do grego, que significa “Vista”, um “Espetáculo do Humano”.

O “Rock in Rio Humanorama”, é um grande Evento centrado no ser humano.

Agatha Arêas – Foto: Leco Viana/Thenews2

Renan Hannouche explanou sobre a baixa imunidade do planeta. Já Dante Freitas disseca sobre a escola da vida.

De fato, o Rock in Rio, vem para explorar. Vem para conhecer os desconhecidos. E nesse passo, Ágatha explica o espírito do nosso tempo, que ainda é marcado pela intolerância. Por isso, que o Evento busca a diversidade de segmentos. Apresenta “dores” e “marcas” diferentes. As marcas e espíritos do nosso tempo.

Com isso, o debate sobre Ativismo veio à tona, concluindo-se que é importante saber ouvir e respeitar o “ativista”.

Ágatha argumenta que estamos vivendo um momento relativamente à divulgação das marcas, que era para ser “fácil”, mas por vezes, não o é. No aspecto humano, Sergio Rocha ressalta a importância de como gostaríamos que fossemos tratados pelo outro.

Na sequência, Antonio Fadiga traz a indagação: O que se espera de uma empresa? E já diz. Que o superior te entenda. E conclui que essa é a nossa geração Z.

Por fim, nesta introdução, conclui-se que, hoje, todos precisamos do “Plano B”. Mas, conforme bem colocado no introito, o que as empresas têm que entender, é que o “Plano B”, tem que estar dentro da própria empresa.

Já no campo da aclamada “Diversidade”, Viviane Elias Moreira, primeira negra a registrar a capa da Revista “Forbes”, inicia a conversação dizendo que “não há como inovar sem diversidade; não há como inovar sem as mulheres”.

Sandra Annenberg, jornalista, se apresenta como descendente de judeus. Argumenta que todos nós temos um objetivo: a igualdade de direitos e oportunidades. Mas isto é um caminho.

Indaga Sandra: Por que hoje em dia as pessoas de autodeclaram “pretas”?

A autodeclaração é uma inovação, diz Viviane. “Antigamente, eu estaria aqui servindo café para vocês”.

Neste compasso, a jornalista Sandra acrescenta, que o IBGE fez o primeiro levantamento LGBT, e só 1,8% se declararam. Diz que não corresponde com a realidade. Por isso quis fazer esse paralelo. Ressalta que infelizmente ainda estamos anos luz, a ponto de obtermos um convívio pleno. E se declara desde a barriga de sua mãe, uma “feminista”.

Já Maria Gal, diz que como “pretos”, “somos menorizados em maioria”.

Quem é diverso, sabe questionar todos os pontos relevantes de nossa sociedade. Há empresas que começam a fazer o esforço de inclusão, mas ainda é pequenino.

Com as Eleições, finaliza Sandra, temos que conquistar e pensar no futuro de nossos filhos, e netos.

No próximo painel, um tema que chama atenção dos telespectadores: “O que você faz para viver te faz sentir-se vivo?”

A portuguesa e engenheira mecânica Carla Carvalho Dias, inicia a conversa com um feedback. Até que ponto o retorno é um fator diferenciador?

Ensina, que toda cultura agradável tem que ter um Líder. Liderar é um “Maestro”. Maestro é a figura de ligar as pontas. Carla então, faz um paralelo com Burnout, como ocorre no Jazz, quando se faz um solo, os outros confiam, e que, portanto, as empresas têm que ter um solo.

Luiz Calainho disseca sobre a verdade. Diz que sempre devemos nos perguntar, se a nossa verdade deve ser seguida. E Carla Carvalho Dias, completa, dizendo que, quando você não souber o que dizer, diga a verdade.

O fazer sentir, é fazer o olhar. O Rock in Rio, traz esse olhar, diz Luis Justo.

Ressalta que a essência da vida é o equilíbrio. E que quando vale a pena, se joga. Aí, tudo faz sentido.

Próximo passo, vem o tema da Democracia. Não há democracia, sem Estado de Direito. Afinal, quais vidas importam?

Palestrantes discorrem sobre a verdade. A pandemia ensinou que não existe “educação que não seja pública”. É o pensar coletivo. “O caldo de cultura”.

“Certezas são burras e nossas certezas são sábias”, cita Cynthia Martins.

No próximo painel, Michelle Queiroz Coelho, cita: “A nossa vida é finita, mas ela se torna infinita pela longevidade que somos”.

Mas indaga: Como sociedade, o que podemos fazer? Mona Rikumbi, diz que sempre teve uma visão do mundo africano. Neste, temos duas verdades. “Primeira: Todos vamos morrer. Outra: cada um de nós podemos tornar uma pessoa com deficiência. O resto é periferia”.

Isto é ter muito poder. O visível e o invisível está aqui. Explica então, que envelhecer é entender a natureza das coisas. Todo mundo importa. Todo mundo é sagrado. As lutas são entender o que não faz parte da natureza, como perder um filho, deixar de ser mãe, seja a mãe que for.

Quanto à palavra “inclusão”, Mona diz não gostar. “Pertencimento” – prefere, pois quer dizer que “a luta é minha”.

Já Yuri Fernandes, exemplifica que enquanto gay, vítima de preconceito, espera que as pessoas se posicionem quando veem algo deste tipo acontecer, e que por fim, concluem, que o legado da longevidade seja levado nesta pauta tão importante.

Transformar o mundo não é um convite. O lutar é resistir. E sobre envelhecer, Mona cita Mario Quintana: “O tempo é a lição que trouxemos para trazer para fazermos em casa…” E fica a reflexão quanto ao texto.

Já na temática Metaverso, um convite para a interação.

No significado da filósofa Anna Flávia Ribeiro, Metaverso, é a “expansão de seus cinco sentidos para além de uma outra camada”.      Porque, primeiro corpo, segundo limites, “by ther wey”.

Abordagens veem à tona para reflexões futuras. Como: Cérebro com o corpo. Existe o medo de perder a estrutura com o corpo? A estética do metaverso é a mesma que operamos aqui? Estamos prontos para isso? Queremos isso? Teremos o livre arbítrio? Essa é a questão, diz Carla Tieppo.

E as apresentadoras trazem uma longa e interessante interação com os telespectadores.

Por fim, o Rock in Rio entende que a cultura é uma poderosa ferramenta de união de forças.

No término do primeiro dia do Evento, a Marca Natura, que nasceu no ano de 2005, traz uma política pública de impacto na cultura. A cultura ressignifica o presente e o futuro.

E a marca Natura fez uma escolha pela música, porque a “música junta gente”, diz Fernanda Paiva. Denise Chaer, diz ser emocionante ter conquistado uma marca como a Natura, e por ter tornado no ano de 2018, algo tão relevante para a sociedade e visando um mundo melhor.

Aliás, que sonho é esse de futuro? -, completa Fernanda. É materializar junto esse sonho de futuro, como mulheres da Amazônia, em um dos maiores Festivais de entretenimento do Mundo – o Rock in Rio Brasil.

Show do Duo Àvuà

Texto: Carla de Vasconcelos Leme

Fotos: Leco Viana/Thenews2