Rayssa Leal e Felipe Gustavo enfatizam que troféu do SLS Super Crown apresentado pela BB Seguros deve ficar no Brasil
A dois dias da grande final da Liga Mundial de Street Skate – o SLS Super Crown World Championship apresentado pela BB Seguros – os brasileiros Rayssa Leal e Felipe Gustavo, o norte-americano Torey Pudwill, além do gerente-geral da SLS, Matt Rodriguez, conversaram com a imprensa nacional e internacional durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira, 30, no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro histórico de São Paulo. Os atletas da elite falaram das expectativas e afirmaram estar animados para a disputa que acontece neste sábado e domingo (2 e 3) pelo segundo ano consecutivo no Brasil, no Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista.
Ao lado do troféu dourado da Street League Skateboarding 2023, Rayssa e Felipe, com bom humor e descontração, afirmaram que ele deve ficar com o Brasil. Aos 15 anos, a maranhense de Imperatriz, que conquistou o título da SLS 2022, no Rio de Janeiro, é uma das favoritas para este ano, e aposta novamente na força da torcida brasileira. “Não consigo explicar em palavras a sensação de competir em uma Liga tão importante como essa aqui. A torcida e as coisas que a gente sente são diferentes. É uma felicidade enorme estar representando o Brasil, dentro do Brasil. Acho que esse troféu vai ficar aqui. A gente vem evoluindo muito, os brasileiros, no geral, vem evoluindo e está bonito ver os campeonatos de skate”, destaca Rayssa Leal.
Vencedor da 3ª etapa da SLS 2023, em Sydney (Austrália), Felipe Gustavo, enfatizou: “Será um evento muito bom. Acho que o Ibirapuera é bem histórico. Eu cresci vendo esporte lá. Estamos quebrando mais uma barreira tendo um evento de skate, como o Super Crown no Ginásio, e será histórico para o skate também. Espero que dê tudo certo e um dos brasileiros saia de lá com a vitória”. Nascido em Brasília (DF), aos 32 anos, o atleta é um dos oito brasileiros que irão lutar pelo título da temporada juntamente com Filipe Mota, Kelvin Hoefler, Lucas Rabelo, Carlos Ribeiro, Giovanni Vianna, Luan Oliveira e Gabryel Aguilar.
Três paulistas também estão no Knockout Round, uma das maiores campeãs da SLS, Pâmela Rosa; Isabelly Ávila, vencedora do SLS Select Series Saquarema, que a classificou para o evento, há algumas semanas; e Marina Gabriela, que foi anunciada nesta quinta-feira como substituta da japonesa Funa Nakayama, que está recuperando de uma lesão.
“Há 17 anos estive aqui em São Paulo e, agora, minha expectativa para essa final é esperar o inesperado, como sempre acontece nas competições de skate. É muita paixão e memória envolvidas neste campeonato, porque é muito mais que uma competição. Independentemente de tudo ficarei feliz também se esse troféu ficar no Brasil, porque promete ser histórico”, ressalta Torey Pudwill, 33 anos, que tem uma longa trajetória na SLS.
Participaram da coletiva também Beto Souza (secretário executivo da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo), Pedro Dau de Mesquita (Co-CEO e diretor comercial da 213 Sports) e Audrey Souza (gestor da AEESB).
Pista do Super Crown assinada por arquiteto paulistano – O Ginásio do Ibirapuera será o grande palco das manobras neste fim de semana. Corrimãos, caixotes e uma sessão de escada inspirada no Vale do Anhangabaú (SP), entre outros obstáculos desafiadores e técnicos. Mais uma vez, o responsável pela construção da pista é o arquiteto, Daniel Oristanio. Essa será a quinta vez que o paulistano assina uma pista da SLS no Brasil: 2022 e 2018 (Rio de Janeiro), 2019 (São Paulo) e 2013 (Foz do Iguaçu/PR).
“A pista tem aproximadamente 670 metros quadrados, sendo ligeiramente menor que as demais do Super Crown devido ao tamanho do ginásio. Teremos dois corrimãos quadrados descendo, dois corrimãos longos – certamente um dos obstáculos mais desafiadores para esta final, caixotes e uma sessão inspirada nas escadas do Vale do Anhangabaú”, explica Oristanio, que completa: “Estrutura híbrida de madeira e concreto, onde conseguimos reaproveitar até 70% do material para outras pistas. Posso dizer que será uma pista bem desafiadora. Está bem simétrica nos dois lados para dar as mesmas chances para quem é goofy ou regular. Será uma pista fluida e funcional.”
Skatista há 26 anos, aos 12 começou a fazer pistas para os amigos e, desde 2013, constrói pistas mundo afora, sendo desde 2008 por meio de uma parceria com a California SkateParks.