“A Herança” estreia no Brasil com Reynaldo Gianecchini, Bruno Fagundes e grande elenco
A peça “A Herança”, grande sucesso na Broadway e premiada com 4 Tony Awards,
incluindo Melhor Peça, terá sua primeira versão encenada em palcos brasileiros, a partir
do dia 9 de março, no Teatro Vivo, na cidade de São Paulo. O ator Bruno Fagundes e o
diretor Zé Henrique de Paula são idealizadores e produtores do projeto, que também terá
Reynaldo Gianecchini, Marco Antônio Pâmio, Rafael Primot e André Torquato nos papéis
principais, além de uma participação especial de Miriam Mehler. A montagem colocará em
pauta uma discussão entre gerações sobre pertencimento, amadurecimento e amor – com
a temática LGBTQIAPN+.
A peça ainda conta no elenco com Cleomácio Inácio, Davi Tápias, Felipe Hintze, Gabriel
Lodi, Haroldo Miklos, Rafael Américo e Wallace Mendes. Ao todo, são 12 atores que se
revezam na interpretação de 25 personagens. A tradução também será de Zé Henrique de
Paula, que já comandou obras de grande sucesso nos últimos anos, como “Dogville”,
“Chaves, O Musical” e “Sweeney Todd”. A direção de produção é assinada por Carlos
Martin.
“Tenho o costume de participar de projetos contestadores, ou que dessem um sentido
maior à nossa profissão. No caso desta peça, os dois motivos são unidos, pois além de
propor reflexões super pertinentes, também pode aquecer o coração do público, com uma
história carregada de afeto e amor, que tanto precisamos em nosso país”, reflete Zé.
Bruno afirma que logo de cara se encantou pelo texto, escrito pelo norte americano
Matthew Lopez, ao assistir a encenação na Broadway pela primeira vez, em 2019. “Fiquei
obcecado pela peça e lutei para que os brasileiros conhecessem esta história”, afirma o
ator. O texto original (“The Inheritance”) foi considerado pelo jornal inglês The Telegraph,
“o texto de teatro mais importante do século 21”.
Já Gianecchini destaca: “Fiquei apaixonado pelo texto logo na primeira leitura. Todas as
cenas da peça são profundas, ou engraçadas, ou tragicômicas, ou extremamente
emocionantes, mas tudo é interessante e potente”, enfatiza.
No Brasil, a peça tem início quando Eric (Bruno Fagundes), prestes a ser despejado de seu
apartamento, se aproxima de Walter (Marco Antônio Pâmio) e Henry (Reynaldo
Gianecchini) na tentativa de se compreender durante a turbulenta ascensão de seu recém
noivo, Toby, (Rafael Primot) à fama. Porém, quando Adam (André Torquato) surge em suas
vidas, três gerações colidem e redefinem suas concepções sobre amor, afeto, perda,
saudade e amizade. “Depois de quase três anos desafiadores por conta da pandemia,
finalmente poderemos fazer esta adaptação e nossa expectativa é que o público possa se
divertir e se emocionar conosco sobre temas tão importantes, principalmente afeto e
aceitação”, diz Zé Henrique de Paula.
Fotos: Leco Viana /TheNews2
Rafael Primot e Torquato, que vivem dupla de personagens conturbados, sentem-se
extremamente desafiados pelo projeto. “Para além do volume do texto, os personagens
são muito dinâmicos e cheios de contradição” diz Rafael Primot; “é um desafio constante
de concentração, rigor, atenção, além do preparo físico que a peça demanda”, completa
André Torquato.
Já Marco Antônio Pâmio, celebra o momento e se entusiasma com o processo. “Estar em
cena é sempre um privilégio, ainda mais contando uma história tão pungente ao lado de
tanta gente jovem talentosa e cheia de garra. Os dois personagens que interpreto, que
funcionam como espécie de condutores da história, são permeados por outras vivências e
isso que faz do teatro uma arte completa e viva’’.
A montagem brasileira de ‘The Inheritance’. O formato da montagem também é inédito no teatro brasileiro: uma peça com cinco horas e meia de duração, encenada em dois dias diferentes, denominadas Parte 1 e Parte 2. A história é única, com uma estrutura linear, sendo que nas primeiras semanas do
espetáculo em cartaz (09/03 a 16/03), será exibida a parte 1 do espetáculo, e a estreia da
parte 2 está marcada para 24/03.
A partir daí, a Parte 1 será exibida às quintas e sábados e a Parte 2 será apresentada às
sextas e aos domingos, utilizando dois ingressos, respectivamente, para as duas partes.
“Este estilo teatral nos cativou, pois a imersão nos sentimentos e vivências de cada
personagem será ainda maior e mesmo com a duração longa, o público terá a impressão
de maratonar uma ótima série de streaming”, brinca Bruno Fagundes.
Na versão brasileira, 30 figurinos serão assinados por Fábio Namatame (já trabalhou com
Claudia Raia em “Crazy For You”), trilha sonora original composta por Fernanda Maia,
iluminação por Fran Barros, preparação corporal de Inês Aranha e cenografia também do
Zé Henrique de Paula. Todos já trabalharam com ele na equipe de “Chaves – Um Tributo
Musical”, um dos musicais mais indicados no Prêmio BIbi Ferreira. Ainda, a direção de arte
do cartaz conta com a assinatura de Luciano Schmitz e fotos de Hudson Rennan.
“O melhor time foi reunido para mostrar uma história linda e honrar o sucesso absoluto
que a peça fez fora do Brasil, com alcance global. Se o público sair do teatro diferente do
que entrou, sinto que já teremos atingido nosso objetivo”, finaliza Bruno.
A montagem, também, irá promover encontros e recrutamento de estagiários em alguns
processos de produção. Interessados poderão acompanhar algumas etapas profissionais
da montagem: cenografia, figurino, iluminação, produção, contrarregragem, etc. O
projeto, mais uma vez, reforça o Teatro como ambiente democrático, diverso e educativo.
Estreia: Dia 09 de março de 2023 no Teatro Vivo localizado na Av. Chucri Zaidan, 2460, zona sul de São Paulo. Ingressos online através do sistema Sympla.