20 de setembro de 2024
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Primeiro debate a prefeitura de São Paulo tem muitas acusações e poucas propostas

Foto: Leco Viana / TheNews2

Na noite desta quinta-feira, os cinco candidatos mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais, Guilherme Boulos, José Luiz Datena, Pablo Marçal, Ricardo Nunes e Tabata Amaral, estiveram presentes na Rede Bandeirantes de Televisão para participarem do primeiro debate de candidatos a prefeitura de São Paulo.

Na chegada as palavras dos candidatos eram de que esperavam um debate em alto nível para discutir propostas para a capital paulista, exceção ao candidato Pablo Marçal que chegou criticando todos os seus oponentes, falando ser o único com capacidade para governar a cidade.

O debate teve início e o mediador perguntou com relação ao centro da cidade com foco em trazer o turismo para a região e citou a falta de segurança e a cracolândia. Ao responderem os candidatos mais trocaram acusações do que mostraram propostas, onde o atual prefeito e candidato Ricardo Nunes abordou com números em relação aos investimentos realizados na região, dando destaque para o “crescimento” do turismo em São Paulo.

Pablo Marçal questionou os números lembrando que São Paulo tem muitos eventos entre negócios e entretenimento o que faz ter grandes números no turismo e com relacionamento à investimentos da municipalidade foram nulos. Citou a privatizações cheias de irregularidades e o abandono dos parques pelo atual prefeito.

Tabata Amaral citou que a melhora do centro passa pela extinção da cracolândia, e que só será seguro com as pessoas podendo andar pela manhã, tarde ou madrugada.

Datena disse sentir a dor da população no dia a dia, que centro seguro só com segurança pública e combate ao crime organizado.

O candidato Boulos falou que o centro nada mais é que o espelho do abandono da cidade, que a recuperação do centro passa pelo programa que pretende implantar na região, o “Programa Novo Centro”, onde irá utilizar imóveis abandonados para moradias populares e transformará a região em um polo cultural e de economia criativa.

Como pode-se ver já na primeira pergunta do debate ninguém se preocupou em falar de ações concretas e como conseguirão realiza-las para obter soluções e essa foi a tônica durante todo o debate. onde os candidatos trocaram muitas ofensas e acusações.

Ricardo Nunes foi acusado diversas vezes de ter ligação com o crime organizado, respondendo as acusações o candidato acusou José Luiz Datena de ter várias condenações por acusar pessoas de criminosas e as mesmas não serem. Boulos chamado de apoiador de terroristas e ditadores, numa referencia à Venezuela e ligação com a famosa prática da rachadinha.

Pablo Marçal além de mostrar desconhecimento sobre a Operação Água Branca, confundiu com operação policial contra ativistas de esquerda, ao ser acusado de bandido condenado na justiça, disse que se alguém provasse que ele era um criminoso condenado deixaria a disputa eleitoral. Lembramos que o mesmo foi condenado por furto qualificado no estado de Goiás, recorreu em liberdade e após alguns anos a pena acabou prescrevendo.

Agora Tabata Amaral foi muito criticada por ter ligações com o governo Bolsonaro e Lula, que a mesma não tem projeto para a cidade.

Ao falar de segurança Datena mostrou seu desconhecimento da lei, falando que irá equipar a GCM, que é um absurdo ela trabalhar com revolver. Deveria ter outros armamentos assim como as outras forças policiais.

A maior parte do tempo os debatedores só se preocuparam em trocar ofensas e se agredirem mutuamente, o que é um desperdício de tempo para a população que precisa conhecer soluções para buscar viver melhor no município de maior arrecadação do Brasil.

O que vimos nesse debate é um grande despreparo dos candidatos ou falta de propostas para apresentar à população que sofre no dia a dia dessa metrópole chamada São Paulo.

Texto: Luciano Farias

Fotos: Leco Viana